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22 Dias Atrás
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Durante muito tempo a fotografia e a poesia eram apenas a paixão de um homem comum, que tinha família, amigos e emprego. Em um determinado momento esse homem foi acometido por uma doença infeliz e hoje comum: a depressão. Ela veio acompanhada da síndrome do pânico e ansiedade. Tais transtornos o aprisionaram dentro de si mesmo, onde só a poesia tinha passagem liberada. No sentido figurado, poesia é tudo aquilo que comove, sensibiliza e desperta sentimentos. É qualquer tipo de arte que inspira e encanta, que é belo. Através dela, fala-se de amor, amizade, decepções, tristezas, saudades... de uma forma tão bela quanto singular. Este homem resolveu então fazer da sua paixão sua válvula de escape. Encantou várias pessoas, ajudando-as inclusive a se entender e se descobrir. Temos aqui uma junção de fotografia e poesia que, em sua maioria, foi escrita no silêncio da madrugada, quando sua mente mais o assombrava. Certa vez, após ler alguns de seus poemas, disse-lhe que seria profundamente egoísta privar-nos de tais maravilhas. É um trabalho inovador, impactante e que deve ser lido com o coração. Para cada fotografia, existe uma poesia, que nos permite viajar dentro de nós mesmos. Hoje esse homem comum tem família, amigos e essa preciosidade chamada 22 dias atrás. Sinto-me honrada e ainda sem entender porque fui escolhida para prefaciar, mas uma coisa eu sei: esse livro foi o remédio principal para a cura deste grande amigo, Alexandre Hallais.
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