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A bruxa de Kepler
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O físico, matemático, astrólogo e astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630) formulou as três leis sobre a movimentação dos planetas que originaram a Astronomia moderna. É esse fascinante personagem histórico que o americano James A. Connor retrata ao longo das 376 páginas de A bruxa de Kepler, primeiro livro do autor publicado no Brasil. Como já sugere o subtítulo, A Descoberta da Ordem Cósmica por um Astrônomo em Meio a Guerras Religiosas, Intrigas Políticas e o Julgamento por Heresia de Sua Mãe, não se trata de nenhum árido tratado científico e sim de uma vibrante biografia que se lê com o mesmo prazer proporcionado por um bom romance histórico. A bruxa do título é a teimosa, mal-humorada, bisbilhoteira e insone Katharina, mãe de Kepler, que acumulou desafetos a ponto de ser acusada de praticar rituais de magia ilegal e julgada num tortuoso processo judicial que durou de 1613 a 1620. Um dos muitos infortúnios da vida do gênio que trocou a teologia pelo estudo dos planetas, foi estigmatizado por sua crenças científicas e religiosas, viu a esposa enlouquecer em conseqüência dos horrores da Guerra dos Trinta Anos e em seguida morrer de tifo, perdeu o filho de seis anos vítima de varíola e teve o melhor amigo, David Fabricius, assassinado. O ex-padre jesuíta, formado em Teologia e doutor em Ciência James A. Connor, conta a história de um homem de vida tumultuada mas com a mente em harmonia, alternando a narrativa com cartas de Kepler e passagens de seu diário, trechos dos autos do processo por bruxaria enfrentado por Katharina, mapas e ilustrações. Grande admirador de seu personagem, Connor explica que Johannes Kepler foi uma das mentes científicas mais poderosas do seu século (... ) E, no entanto, também foi grande do modo como Gandhi e Martin Luther King Jr. foram. Foi um homem que lutou pela paz e a reconciliação entre as igrejas cristãs, mesmo quando isso por pouco lhe custou a vida... O retrato apaixonado criado pelo autor em A bruxa de Kepler é especialm
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