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A Revolta que não Houve: Adhemar de Barros e a Articulação contra o Golpe Civil-Militar (1964-66)
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Em 1º de abril de 1964, é derrubado o presidente constitucional da república João Goulart, consolidando o Golpe Civil-Militar, depois de uma Crise de Hegemonia. No entanto, o novo período não foi de tranquilidade política, havendo tanto contestações e tentativas de revolta por grupos de oposição quanto disputas entre os grupos políticos no poder, que ficaram polarizados entre os moderados e os duros para definir qual seria o projeto hegemônico dirigiria o Bloco Histórico. De início, muitos participantes e apoiadores do golpe acreditavam que os militares logo devolveriam o poder aos civis. Mas com a prorrogação do mandato do General Castelo Branco e a consequente cassação de expoentes históricos civis que apoiaram o golpe, como Juscelino Kubitschek, outras lideranças começaram a perceber que um grupo dos militares procurava se hegemonizar no poder e estava conquistando espaço, com projeto político próprio. O Governador de São Paulo, Adhemar de Barros, entendeu que seria o próximo político a ser cassado. Face à impopularidade do regime devido à crise econômica, ele se alia a vários grupos políticos descontentes distintos, entre os quais a esquerda nacionalista e ligada ao PCB, e a militares descontentes, como o General Amaury Kruel, entre outros, articulando-se com ele à frente de um contragolpe. No entanto a revolta não aconteceu, e Adhemar de Barros teve o mandato de governador cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos, terminando A Revolta que não Houve.
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