Braz e a primeira comunhão
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Um livro cheio de emoções que prende e faz com que o leitor penetre em cada página. Desde esse dia, Brás nunca mais deixou de fazer parte da família do conde. A vida transcorria calma e feliz para todos. Não só praticavam os deveres religiosos, muito devotamente, como praticavam a caridade, vestindo os pobres e enxugando as lágrimas dos infelizes. A generosidade do conde de Trénilly era sem limites. Quando Brás ficou homem, tornou-se administrador da fortuna de seu patrão. Não era apenas o seu empregado de confiança, mas também seu conselheiro. Júlio transformou-se num rapaz perfeito. Helena era o modelo das donzelas encantadoras. Brás recebeu várias cartas de seu antigo patrão que o convidou para seu administrador, porém Brás não aceitou. Não queria abandonar seus pais e, muito menos, o serviço do conde. Mas ia sempre visitar Tiago. O destino encarregou-se de unir as duas famílias. Tiago tinha uma irmã chamada Joana. Júlio conheceu-a em Paris, numa temporada de verão, e apaixonou-se por ela, sendo correspondido. O casamento seguiu-se pouco depois, para alegria geral. Brás teve um dia feliz quando levou ao castelo de Trénilly a família de Berne. Tiago ficou impressionado com o prestígio enorme que gozava o seu amigo de infância. Brás era adorado por todos, dentro e fora do castelo. Aos vinte e oito anos, Brás desposou a sobrinha do padre, moça muito prendada e muito disputada na aldeia. Nada faltou ao jovem casal. A condessa fez questão de mobiliar-lhes a casa e deu à noiva um lindo enxoval. A festa de casamento foi no castelo. Helena casou-se com um irmão mais velho de Tiago, concorrendo assim para maior ligação entre as duas famílias. Veveram felizes durante alguns anos. Depois Helena enviuvou e se consagrou inteiramente ao serviço dos pobres. Fundou vários asilos e instituições de caridade, ajudada por seus pais. Foi assim que viveu toda esta família verdadeiramente cristã, feliz e unida, abençoada e amada por todos.
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