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Deus não protege os certinhos: E outros minicontos impuros
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A depender de quem lê, o título deste livro pode ser interpretado como advertência ou ímã. Como propaganda enganosa, jamais. Hoje em dia, todos andam com 38, conclui um dos narradores de José Eduardo Degrazia, e o leitor percebe o mesmo nas histórias de Deus não protege os certinhos & outros minicontos impuros. Há munição de sobra, seja na agulha, seja escondida nas entrelinhas; há lâminas reais e metafóricas nas mãos de personagens e na precisão dos cortes autorais. Ao contrário de suas criaturas, o criador é honesto: dá o que promete. Poeta, contista, novelista, Degrazia publica minicontos desde os anos 70. [...] Fábulas subvertidas, sem a ingenuidade da moral redentora das últimas linhas, desde então eram veículos para expor o lado menos civilizado do ser humano, opção recorrente em livros como O atleta recordista (1996), A orelha do bugre (1998) e Os leões selvagens de Tanganica (2002). Com Deus não protege os certinhos, há uma virada formal, com reiteração de conteúdo: Degrazia opta pelo realismo para escancarar o lado primitivo do ser humano. Em vez de animais representando a humanidade, temos pessoas cedendo aos instintos sem a mediação civilizatória, como feras disputando território, alimento, engalfinhando-se para garantir a reprodução de seus genes. [...] Ora com ironia, ora pela nem tão simples exposição de contradições, Degrazia aproxima-se da sordidez para observá-la a fundo e em seguida distanciar-se e denunciá-la. Bandido é bandido, polícia é polícia, diz um protagonista, e a narrativa demonstra o contrário, sem alarde. Deus não protege os certinhos. Degrazia constata, mas sob protesto. [Por Laís Chaffe]
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