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Luna: Baladas ao luar
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Ao mesmo tempo que a Lua pode ser considerada sinônimo de espelhismo, ilusão e passionalidade, insanidade, força ou potência elétrica ou vital desmesurada, intempestiva, não canalizada, inconsciente, instintiva, também é sinônimo de amor, êxtase, bondade, sublimação, purificação, divindade e sabedoria. Ela é a fonte ebúrnea da felicidade, fanal argênteo e glorioso da vida, a cara-metade do Sol-Rei, empírea imagem das coisas delicadas e sutis, bem como de tudo que é belo e verdadeiro. Vem, Noite antiquíssima e idêntica Vem, Noite silenciosa e extática, Vem envolver na noite manto branco O meu coração. Serenamente como uma brisa na tarde leve, Tranquilamente com um gesto materno afagando. Com as estrelas luzindo nas tuas mãos E a lua máscara misteriosa sobre a tua face. Todos os sons soam de outra maneira Quando tu vens. Quando tu entras baixam todas as vozes, Ninguém te vê entrar. Ninguém sabe quando entraste, Senão de repente, vendo que tudo se recolhe, Que tudo perde as arestas e as cores, E que no alto céu ainda claramente azul Já crescente nítido, ou círculo branco, ou mera luz nova que vem, A lua começa a ser real. Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) Sobre o autor Javier Alberto Prendes Morejón (Havana, Cuba, 1991) estudou História na Universidade de São Paulo. Dirige o projeto editorial Ganso Primordial. Revista de Teosofia, Letras e Artes, e é fundador do Ateliê PM. Em 2019 publicou o caderno de poemas Ibis, pela Casa de Artes Cubano-Brasileira. Reside em São Paulo desde 1997.
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