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2678_9788527310321
Eu mordo o que posso. É nesse espírito que Augusto de Campos volta à circulação com este Outro. Novos poemas, intraduções e outraduções (remixes visuais). Achei curioso e ao mesmo tempo estranho o uso dessa palavra em discos americanos e custei a me dar conta de que se tratava de um termo musical, uma palavra-valise que sai do in para o out, revertendo o sentido de Intro. E que indica a diferente performance de uma faixa anterior ou algum outro bonus - um extro. Outradução, extradução, seja o que for, gostei da palavra ambígua. Vários desses poemas - quatro querendo ser clips - perdem algo de sua intencionalidade na medida em que são ou formas estáticas, derivadas de animações digitais, ou projetos de clips-poemas pedindo movimento e som. Alguns podem ser vistos nos portais indicados ao final deste volume. E é com este Outro, que pode ser também o último bônus de meu trabalho poético, que ouso expôr estes novos poemas. Sobrevivente, para o bem ou para o mal, não posso deixar de completar o que comecei, o quanto me for possível.
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