Precarização do trabalho e saúde mental
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O Brasil enfrenta uma grave crise de saúde mental entre trabalhadores e trabalhadoras, em uma dimensão inédita em sua história. Ansiedade e depressão lideram as causas desses afastamentos, indicando um fenômeno multifatorial que envolve fatores laborais, econômicos e sociais no contexto pós-pandêmico. O livro apresenta dados que demonstram que a saúde mental se tornou uma preocupação central no país, com impactos significativos para trabalhadores, empresas e políticas públicas. Mas o livro não apenas apresenta dados ele oferece uma densa explicação científica para a mudança do padrão epidemiológico no mundo do trabalho no Brasil: o novo sociometabolismo do capital e a ofensiva neoliberal, cujo objetivo é degradar as condições de trabalho no país. A nova precariedade salarial, o trabalho precário e o trabalho uberizado, que se intensificaram após a contra-reforma trabalhista de 2017; a insegurança social; o enfraquecimento da representação sindical e da Justiça do Trabalho; o alongamento e a intensificação da jornada laboral; os baixos salários; a gestão por metas e o toyotismo sistêmico compõem um complexo de causalidades estruturais que expressam a verdadeira catástrofe do capitalismo neoliberal no Brasil. Não bastam políticas paliativas que não alterem as relações sociais de produção. É preciso tratar a saúde mental como um problema político, e não apenas médico-psiquiátrico. É fundamental que o mundo do trabalho se reaproprie do controle do metabolismo social que provoca a catástrofe sanitária no Brasil neoliberal. Este livro – a 2ª. Edição revista e ampliada – publicado originalmente em 2018, retoma o tema da saúde mental no Brasil buscando refletir sobre as suas causalidades estruturais, pois só haverá solução verdadeira se irmos além das propostas paliativas que demonstraram nos últimos sete anos, serem ineficazes. A sociedade brasileira precisa discutir as verdadeiras causas da catástrofe da saúde mental no País.
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