Quando a luz apaga
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Quando a luz apaga é um livro que vai nos trazendo sutilmente os detalhes de toda a trama envolvente contida nele, mas sem revelar o que ainda está por vir. Tudo isso faz a história se revelar aos poucos e de modo bastante intrigante. Algumas informações sobre supostos desaparecimentos de moradores de rua chegam ao conhecimento de Artur Veiga, então o detetive inicia uma investigação própria para comprovar os fatos, já que não há indícios concretos sobre os crimes. No entanto, sem desconfiar de que havia um plano maior por trás da série de desaparecimentos, Artur se vê diante de um caso mais complexo do que imaginava, que o desafia em uma trabalhosa busca. Esse conjunto de fatos o leva para dentro de uma realidade inimaginável que sobrevive às margens da vida cotidiana. Neste romance policial, enquanto o detetive busca encontrar a verdade, um criminoso tem como objetivo expô-la, movido pelas engrenagens da própria sociedade que o criou. Dentro dela, as normas sociais limitam a felicidade, demonizam os desejos individuais e buscam oprimir o sentimento livre, utilizando o discurso da decadência de valores para solidificar os moldes de uma sociedade reprimida e adestrada. Quando a luz apaga nos lança no emaranhado das necessidades humanas. O livro nos abre os olhos para o desejo de ser notado pelo que se é verdadeiramente e não se deixar cair nas armadilhas dos julgamentos baseados apenas em estereótipos construídos pela sociedade. Com certeza, uma história trágica e real. Como nos melhores suspenses de serial killer de David Fincher, cada personagem se oculta numa sucessão de máscaras, em alguns casos psicológicas, noutros físicas, que vão sendo erguidas pouco a pouco. São pessoas em busca de um ponto de equilíbrio que as faça seguir adiante, como atores que precisam subir no palco um tanto a contragosto, um tanto cansados da falsidade e da artificialidade de uma vida cotidiana na grande metrópole sem nome que, embora bastante universal, é ao mesmo temp
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