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Você fica tão sozinho às vezes que até faz sentido
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2678_9788525437938
Cru, brutal, honesto Poetas desnudam-se. Desnudam suas tristezas, seus ideais, seus pensamentos sublimes. Mas poucos foram os ­poetas que se mostraram ao mundo como Charles Bukowski – que, mais do que velho safado, bêbado e jogador, escrevia destemidamente sobre o sujeito comum, repleto de defeitos. É o que você encontrará neste volume de poemas, publicado originalmente em 1986 e até hoje inédito no Brasil. Estão aqui sua infância nem um pouco invejável, sua relação com as mulheres, com a bebida e o jogo, sua identificação com felinos, suas angústias existenciais, seus devaneios de escritor marginal e um je ne sais quoi que o conecta ao fracasso e à sordidez que habitam o ser humano. Este livro é capaz de fazer rir, chorar, dar esperança e aumentar o desdém pela humanidade. Onde quer que esteja na sua vida, leitor, algum poema ecoará em você. A profundidade nunca foi tão simples e honesta quanto nos versos de Bukowski. meu pai tinha pequenos provérbios que ele compartilhav sobretudo durante as sessões de jantar; [...] quem não batalha come palha... o passarinho madrugador é o mais comedor... [...] eu não entendia direito para quem ele falava, e pessoalmente o considerava um brutamontes estúpido e demente mas minha mãe sempre intercalava nossas sessões com: Henry, ouça o seu pai. [...] Você é um vagabundo, ele me dizia, e será sempre um vagabundo! e eu pensava, se ser um vagabundo é ser o oposto do que esse filho da puta é, então é isso que vou ser. e é uma pena ele ter morrido há tanto tempo pois agora não pode ver o quão magnificamente eu me dei bem nisso. (Trecho do poema minha ambição não ambiciosa)
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