Creio, logo, existo: A crença é a força motivadora dos descobrimentos
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Estamos montados em um corpo celeste, que mal se afigura a um grão de poeira cósmica perdido na imensidão de uma galáxia, contada aos trilhões num universo rebatizado pluriverso, pela crença científicada existência de incontáveis deles. Tudo é absolutamente mutável - a impermanência é a única certeza. O resto é mera especulação e nesse pacote está a ciência, que constantemente se reformula, atenta a novas perspectivas de exploração. A ciência nasce da crença e subsiste até que outra instigue a motivação para nova exploração, retificando a tese anterior ou desbravando novos horizontes de negação da que despertou o novo descobrimento. A fé é crença. Instinto é crença. Como sentimento nato, plasmado na célula primordial de partida da construção corporal dos humanos, também se manifesta como processo intuitivo no comportamento animal, que se lança à caça, migra em busca de abrigo e alimentos, explora as forças até os estertores em combates territorialistas. A intuição é seu motriz, mas é a crença no sucesso do empreendimento o arco que tangem para se lançarem em busca do objetivo. Esse trabalho não tem a pretensão de negar Descartes, aclamado construtor do pensamento filosófico racionalista, mas de contribuir para reflexões sobre a natureza humana, que transcende das funções intrínsecas do intelecto. Se o objetivo da existência humana é o caminho da verdade, dentro da nossa grande limitação para a compreensão da criação universal, creio na crença como o gatilho de toda reflexão que leva a grandes descobertas científicas, filosóficas e comportamentais. Na redundância dessa afirmativa, selo um novo axioma, como convite a um mergulho mais profundo na nossa natureza, na certeza de concorrer para ampliarmos horizontes na descoberta das sutilezas da criação e suas consequências. Todo ponto de partida se apoia na crença. Primeiro a revelação; em seguida, a constatação científica, sempre temporária, do fenômeno observado. Não se trata de negar a mente, ignorar a ciência ou pole
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