Território Livre: é proibido proibir
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TERRITÓRIO LIVRE refere-se aos confrontos estudantis no campus da Universidade de Brasília, invadido frequentemente pelas forças da repressão. Trata-se da atitude da organização dos estudantes (FEUB) para rechaçar as tentativas de fechá-la. Resultou em prisões, torturas, expulsões e até mortes. Este livro baseia-se nas indagações de Darcy Ribeiro e de Anísio Teixeira Universidade para Quê? Universidade para Quem? ao questionarem o modelo de educação elitizada no Brasil, que segregava vocações nativas e ignoradas no interior do País. A educação precisava romper as estruturas legais que emperravam a Nação. Acompanhando o marechal Cândido Rondon pela da Amazônia e pelo Centro-Oeste, Darcy experimentara a convivência com comunidades caboclas e indígenas; enquanto Anísio Teixeira trouxera dos Estados Unidos o modelo da escola nova, da educação pública e integral. Junto aos estudantes, formulou-se a ideia de uma educação pública, democrática, popular, gratuita e laica, provocando uma mudança total na escola brasileira. O projeto da UnB atropelou a reforma universitária e revolucionou o sistema. Texto de contracapa: É hora de passar o Brasil a limpo! Darcy Ribeiro Conta-se que Darcy Ribeiro, diretor de Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação, em sua natural ansiedade, e Vera Brant, secretária do ministro da Educação de Juscelino Kubitschek, Clóvis Salgado, angustiados num final de expediente, foram dar um passeio na área do cerrado onde, pretendia-se, seria implantado o campus da futura Universidade de Brasília. Caminhavam, curiosos, desviando-se com as mãos dos galhos dos araticuns, angicos, aroeiras e espécies botânicas ainda não descritas, e a noite caiu. Logo foi iluminada pela luz cristalina de uma lua cheia expondo o esqueleto daquela vegetação seca e retorcida. Darcy quase entrou em transe. Convidou Vera para deitarem no chão e contemplarem a luminosidade vítrea que descia sobre a paisagem solitária e silenciosa do Planalto Central. Não resistindo, apontou
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