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O Canal de desvio do Rio Paraná: Itaipu na cobertura do Jornal O Globo (1975-78)
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Quem abriu o canal de desvio do rio Paraná? Nos livros estão nomes de generais da ditadura militar brasileira e paraguaia. Os generais carregaram as pedras? O rigor desta pesquisa não nos tira liberdade de exercer a licença poética para parafrasear Bertold Brecht e refletir sobre os aspectos físicos desta etapa construtiva de Itaipu. Uma fase decisiva e sem a qual não seria possível erguer a colossal barragem. Nos dias de hoje, quem visitar a imponente Usina e passear pela crista da barragem ou observá-la a partir dos mirantes, não vai perceber que o canal de desvio ainda está por ali, mas totalmente integrado ao conjunto total da obra, tornando-se quase invisível ao mais desavisado turista. O canal de desvio, o maior até então executado no Brasil, era tão grande que atualmente quatro das vinte unidades geradoras de energia estão instaladas exatamente no trecho onde estava o desvio do rio. Acreditamos ser de crucial importância passar em revista esta etapa da obra – alegoricamente chamada por nós como Itaipu antes de ser Itaipu – para compreender como ela foi representada, defendida e justificada para a opinião na narrativa presente nas páginas do jornal O Globo.
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